“Estes metaversos individuais feitos por diferentes plataformas logo se fundirão num metaverso maior e interconectado”
Neste início de discussão e desenvolvimento sobre o metaverso temos também investimentos já sendo feitos em terrenos virtuais. A consultoria PwC, por exemplo, foi uma das empresas que recentemente comprou imóveis no The Sandbox, que é um mundo de jogos virtuais.
Ainda temos o caso de uma compra feita por uma pessoa de terreno no Snoopverse, que é um mundo virtual que está sendo desenvolvido pelo rapper Snoop Dogg dentro do The Sandbox.
Temos ainda uma plataforma chamada Decentraland, em que a empresa imobiliária focada na economia do metaverso, o Metaverse Group, comprou um terreno dentro desta plataforma.
O Facebook tem encampado esta ideia do metaverso e começado um trabalho ainda incipiente sobre a sua construção, e também já temos a Nike e a Microsoft anunciando que vão entrar neste espaço. Dos metaversos existentes, podemos citar as plataformas de jogos virtuais.
Pois, neste mundo virtual do metaverso, muitas de suas ferramentas se devem ao desenvolvimento de games de imersão. Estes jogos virtuais são a fonte primária do metaverso, e agora empresas fora do universo dos games querem uma aplicação literal do conceito e torná-lo cotidiano, citando aqui a obsessão do Facebook que até mudou o seu nome empresarial para Meta.
Muito do que se sabe hoje de comunicação entre avatares virtuais também se deve ao desenvolvimento prévio de jogos virtuais e isto agora se estende a um conceito mais ambicioso que é a construção de um metaverso.
Falando no metaverso, os já citados Decentraland e The Sandbox são as plataformas conhecidas em que se aplica o metaverso e em que já ocorrem compra de imóveis virtuais.
Estas plataformas são originalmente de jogos virtuais e possuem os recursos para a construção do metaverso. Estes metaversos individuais feitos por diferentes plataformas logo se fundirão num metaverso maior e interconectado.
No metaverso as transações financeiras são feitas, em geral, através de criptomoedas, também sendo utilizados os NFTs, que são os tokens não fungíveis. Na plataforma OpenSea, por exemplo, em que se negociam NFTs, já são feitas compras de lotes de terrenos virtuais e até de casas virtuais.
O princípio de valor de escassez também é aplicado nestas plataformas virtuais para a venda de terrenos virtuais, isto é, temos ofertas limitadas de imóveis digitais para que estes se mantenham valorizados financeiramente. O Decentraland, por exemplo, possui 90 mil peças ou parcelas de terreno e que têm cerca de 15 metros quadrados cada.
E temos casos de grandes compras de terrenos virtuais feitas no Decentraland feitas pela República Realm e pelo Grupo Metaverso, por exemplo, dando uma ideia de como estes terrenos estão sendo valorizados.
Valores aumentam, e não apenas no Decentraland, mas também em plataformas como a Axie Infinity, também de jogos virtuais. Por sua vez, ainda estamos num campo bastante especulativo de ofertas e vendas de terrenos virtuais e não se pode chamar a isto de bolha, por enquanto.
Os terrenos comprados pelo Grupo Metaverso na Decentraland, por exemplo, estão em um lugar estratégico da plataforma, em que se poderão fazer futuros eventos virtuais onde se poderão usar avatares em espaços compartilhados. Por fim, a familiaridade do metaverso é uma questão de avanço de seus recursos para que esta realidade virtual e aumentada se torne tão funcional e cotidiana quanto são hoje o uso de e-mails e das redes sociais.
Gustavo Bastos, filósofo e escritor.
Link da Século Diário : https://www.seculodiario.com.br/colunas/compra-de-imoveis-no-metaverso
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