Sem que o meu corpo perceba,
gesso, cal, mármore,
estes ossos povoam
as minhas entranhas,
com o sol eu componho
a esmeralda, o cinza
da cidade faz, no entanto,
a água do verso ficar salobra.
Sem que eu tenha vestígio de alma,
a pele que idolatro tem tez
de vulcão e delírio,
com carvão e berilo.
com a lua posta em seu trono de gelo,
os líquens das tundras
cantam segredos
da aurora,
os povos nômades que habitam
meus elencos de fábulas,
todos estes morrem
no cinza e na loucura,
ignoro o destino do meu corpo,
tenho por certo a sina
da minha alma.
15/12/2018 Gustavo Bastos
Quem sou eu?
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