Páginas vistas, tal ócio primeiro é o fundo da ligadura,
corre o meu vento, ectoplasmas escorrem de meu nariz.
Vulgo poeta, o crânio da hora malvada é o poema.
Ligo ao atendente, retiro um pedido,
o som estalado de meus dedos são a mão
misteriosa do meu ocre na parede,
vejo uma sombra na luz apagada,
socorram-me do fundo do abismo,
levem-me ao seu líder.
Outra coisa:
a luz furiosa é o préstito,
como na odisseia,
como nos mares.
Tal ócio primeiro de tudo:
o poema calcula ritos geométricos,
o poema simula mundos concêntricos,
gira o topázio gigante como uma bola,
os cristais de sândalo
fortificam as estruturas,
o olho viril da melodia
faz as suas.
09/03/2014 Êxtase
(Gustavo Bastos)
domingo, 9 de março de 2014
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