(soneto alexandrino)
Afogo as lanças do meu pátrio poder quando
não tenho forças e bravura nos meus olhos,
que vêem paixões sombrias de féretro tão santo,
da divindade que aparece como fogos.
Eu não descanso da mortífera ilusão,
na profundeza dos delírios da caçada
que mata e come restos em ardis em vão,
toda promessa que será logo tomada.
A religião virá dos brios dos povos brutos,
em que nos vemos na pocilga dos cadáveres,
que redivivos do horror sofrem escorbutos.
Dias de suplícios que terão os cães lazarentos,
tão sufocados em motins das mortais lápides,
estas sutis carnes então vão soprar ventos.
27/04/2011 Sonetos da Eternidade
(Gustavo Bastos)
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