Com o sorriso deste fim,
Exponho: Auto-de-Fé, Deus-Pai.
Visto o manto lúgubre de rios de cantorias.
Por este campo, por esta terra,
Vivendo o que é de sentir,
Ouvindo a mais longa vida,
Que o sino toca no crepúsculo.
Com o sorriso deste fim,
Ao que enlouqueço de ardil,
Faço o pecado do que restou.
Nas sensações do desfile da língua,
Que sofre na guerra do verso.
Abre-se o chão, ó sorriso do fim!
Eu deixo-o arrastar-se no chão.
Eu me finco na terra bruta,
Faço colheita no campo de murais,
E cuspo areia na carne.
Meu pranto eu não sei do que chora.
Minha alegria eu não sei do que ri.
Minha vida eu não sei do que vive.
Será o que vivo? Será o inferno do riso?
É um sentido que busco,
Tal o corte da ferida.
Com o sorriso deste fim.
Que é fim sem cessar.
E que nada dá, a não ser a própria vida.
Quem sou eu?
Há 2 semanas
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