Quando as trevas dos céus infinitos
se fecham sobre a poesia,
o universo inteiro está em face da morte
de seus trovadores,
eis a poesia na existência mortal
dos homens,
eis seu ritmo sepulcral
que nos dá ânimo
para viver enquanto
não morrermos.
Volto-me à poesia que murmura
seu lamento entre as sereias
dos mares de dentro.
Semeio em meu verso o incenso
da alma fulgurante e vidente
das sombras do inferno.
Pois a queda angélica dos demônios
são sonhos, pesadelos e delírios
como o poeta os havia imaginado.
Desde épocas arcaicas como esta terra,
sou o fim do abismo no fim do mundo,
escrevo sob o sol medonho
os pensamentos e augúrios
de um instante.
Penso no abismo do ser
em que está a existência
mortal.
04/10/2010 Elegias Existenciais
(Gustavo Bastos)
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
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