PEDRA FILOSOFAL

"Em vez de pensar que cada dia que passa é menos um dia na sua vida, pense que foi mais um dia vivido." (Gustavo Bastos)

terça-feira, 29 de julho de 2025

TEMPLO DE OURO

Na altura da torre, a rica fauna, opulento jardim.

Neste estuário, a fina flor que emerge do frio,

estando em cais mais solar, após a chuva.


Pois, no templo de ouro, com estes ouropéis,

com as clavas, deambula a corda vibrato.

Me encanto por este mirante 

em que se vê o plano todo,

mais firme ainda, diante do drama, 

de viés, com a carne dorida. 


Monta-se a peça dos ermos cantores, a fábrica

e a tecelagem, as cabeças pensantes, e que 

o Buda mortífero acordou no novo amanhecer,

depois da fúria Shaolin, vazada no chute

das armas e no ataque de luz.


Com os gestos do jogral,

junto à paz que entoava em sonidos,

a harmonia tonal dos jogos

semeava os dias de lazer.


Na antiga plêiade

dos poetas fumadores

de haxixe, por sinal,

hexâmetros regiam 

em escansão o ritmo.


Neste canto silvestre,

em meio às rochas e limos,

a mais astuta das artes

criava o mundo

edênico da alma 

elevada.


Com o ritmo das flores,

os fantasmas da noite 

ficavam subjugados pela

meditação incensada.


Ao fim do poema, 

os versos ventavam

seus lírios.


29/07/2025 Sublime (Gustavo Bastos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário