PEDRA FILOSOFAL

"Em vez de pensar que cada dia que passa é menos um dia na sua vida, pense que foi mais um dia vivido." (Gustavo Bastos)

sábado, 6 de agosto de 2011

POEMA QUE NÃO SE SABE

Nem tardar, nem esquecer.
O passado não se dói tanto
quanto antes,
o presente é o momento,
o futuro é o devaneio.

Nem próximo está o dia
de minha felicidade,
quão longe está o dia
de minha penúria.

Poeta, de tudo um pouco
se reduz à nada,
e a cada degrau da evolução
a presença ameaçadora
da queda.

Mas, não faz mal,
o poeta sabe de sua andança
como o andarilho de sua
poesia.

E nada mais fica sem explicar-se,
posto o quanto é profundo
o mundo que não nos cabe,
e o quanto é enigmático
o início de tudo.

06/08/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

NOVA PAIXÃO

Puro vento de minha paixão,

mal que passa como o tempo passa.

A vida é uma corrente contínua

de vários matizes

onde todos os dias

a sombra e a luz

dançam

num jogo

de sedução.



Onde vai o amor que me invade?

Noite adentro ao corpo do meu desejo,

silêncio nas trevas de teus olhos,

ondulantes sensações no segredo

de teus cabelos,

o sonho só pode ser um sonho,

com a alma que naufraga na distância,

com o vinho que me embriaga

no paraíso de uma imagem bonita.



A paisagem de tua alma

me traz um frescor jovial,

estando perto ou longe,

perto do coração

e longe fisicamente,

mas o meu amor é teu

e eu não tenho medo,

algo em mim nasceu novamente,

e o fogo que está aceso agora

é uma visão de fé para tudo.



29/09/2010 Poemas de Amor e Outros Verões



Gustavo Bastos

PAIXÃO SÚBITA

Acho que estou apaixonado, não sei.

Bom, não sei se estou assim

cheio de amor pela vida

e por uma mulher,

mas apaixonado acho que estou.



O mundo é grande?

O mundo é pequeno?

Não sei, pequeno ou grande,

longe ou perto,

a distância não importa,

o idioma não interessa,

dizem que o amor é universal,

e se eu tiver que percorrer

a distância do universo inteiro

para achar o meu amor ...

eu o farei!



28/09/2010 (01:35) Poemas de Amor e Outros Verões



Gustavo Bastos

O ROMÂNTICO SOLITÁRIO

Eu procurei por você a noite toda,

você não estava lá.

Eu caçei a tua sombra

por todos os lugares,

em todas as bocas que beijei

você não estava lá.



É que o tempo passou ...

eu cresci e me tornei inóspito,

me vendi barato

para os prazeres mundanos,

me esqueci de relembrar

momentos vividos e findos,

caí no precipício

como um chumbo

duro como a dor,

e neste andar cambaleante

do meu amor,

você não estava lá.



Procurei nas notícias dos jornais,

nenhum sinal da tua presença,

e agora não tenho certa

a tua imagem na minha cabeça,

por que o tempo passou

e te levou embora.



12/09/2010 Gustavo Bastos