PEDRA FILOSOFAL

"Em vez de pensar que cada dia que passa é menos um dia na sua vida, pense que foi mais um dia vivido." (Gustavo Bastos)

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

ENIGMA DO MUNDO

O mundo, criação
do tempo,
é mudo ou fala
através de estrelas.

O mundo dos pássaros
e dos homens sem asas.

O mundo que tem honra
e desonra,
que reúne fracasso e êxito,
luta, desistência, persistência.

O mundo que está cheio
de perdidos, de vazios,
de felizes e infelizes,
de ignorantes, de intelectuais,
de artistas, de gênios,
de cientistas, de poetas,
de sonhadores, de visionários
e de suicidas.

O mundo que nos envolve
em seu cubo de ilusão
e sangue,
de ilusão e corpo,
de alma e mar e fogo,
o mundo que nos cobre
com seu manto
de enigma profundo,
e que nos joga em vida e morte.

15/08/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)

IMENSIDÃO

A tela me parece
rosa,
de um rosa festeiro,
minha capa me protege,
mas estou na onda
de azaleia,
na bruma que me canta
a ode que me salva.

Salvação! Eu entrei em
suas artes decorativas,
figuras excêntricas
no canto das filosofias.

As montanhas são
o meu lar,
te levarei à minha
nuvem particular,
e te direi
a razão de existirmos.

O amor não é uma farsa.
O amor não é o rock.
O amor não é o jazz.
O amor é o absurdo
em forma de poema.

Rosa vermelha luta
na plêiade branca
como o sol do coração
na noite que brilha.

Eu tenho um amor imenso,
eu tenho as chaves
fundamentais
que despertam
o coração selvagem.

PERTO DA ESTRADA

Vejo, com as mãos livres,
o céu dardejar
na nuvem
uma estrela
calma.

E nós, viajantes do tempo,
reconfortando o corpo
numa flor despida
de dor,
despida e fértil
como a vida luminosa
que esquenta
os topázios,
que rege a fauna
na mordedura
dos astros.

As asas semeiam loas
videntes como as vozes
revividas de um
hausto glorioso,
e o corpo da glória
seria a vestimenta
dos fortes
quando
o sino toca
a hora
do destemor.

Leve a plumagem sonora
de seus lenhadores,
cordas amarradas
para sulcar os troncos
da nau itinerante,
vinho temido de vigor
nas sete quedas
do amor.

Os navios naves navegam
nuvens necessárias.
Os calores são amores
que fundam
o sentimento
nobre.

Indo fundo na alma agreste
dos desertos,
encontro qual diva
certeira
em meus sonhos
de leveza.

Onde mais o canto das auroras?
Ressoa febre na liberdade
com a liberdade livre
dos libertos,
e a vida é a História
em matizes de coração.

14/08/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)