PEDRA FILOSOFAL

"Em vez de pensar que cada dia que passa é menos um dia na sua vida, pense que foi mais um dia vivido." (Gustavo Bastos)

sábado, 12 de janeiro de 2013

POEMA DE SOL E LUA

A lembrar dos anos idos,
puro sabor da memória.
A esquecer das dores idas,
um futuro de glória.

Como cada sol é o mesmo sol?
Se dos dias de sol
este mesmo sol
é sempre outro?

Como, das fases da lua,
se tem sempre a mesma
lua?
Da fase minguante
o vermelho cintilante,
seu sol é quente
quando nova,
cheia é total em sua ceia,
e crescente envolve
o corpo que é quente.

Sol, qual sol é o melhor?
O sol da praia?
O sol do deserto?

Onde há sol e lua?
Eclipse, solstício, equinócio.
O sol engole a lua
e a lua engole o sol,
das estrelas eu tenho todas,
e o sol e a lua não mudam.

A lembrar dos pensamentos
lunáticos, eu sofro.
Ao perder os meus dias de sol,
eu choro.

Mas quando uivo à lua,
estou apaixonado.
E quando vejo a aurora,
que me dá o primeiro raio de sol,
estou vivo.

11/01/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)

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