PEDRA FILOSOFAL

"Em vez de pensar que cada dia que passa é menos um dia na sua vida, pense que foi mais um dia vivido." (Gustavo Bastos)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

ROSAS E MALDIÇÕES


Rosa, estrela maior da minha vida. Sou a chama livre em teu calabouço, por sentir-me só ao te ver. Ao belprazer, madona. Me é a maldição primeira, mulher. Os ritmos são belezas tuas, e eu digo só verdes em volta. A floresta, as danças, todas as fontes, todas as magias, o além que vive.

Me dou aos lobos, às presas. Eu sou o caçador, que a caça esfola, de raiva. Outros tempos morrem. E grito: “Ó Faraó! A pirâmide me jogou ao parque de Osíris.” Vês? Tu, mulher diva. Os vinhos, malditos. As paixões, carnais. Os santos, nubentes. Nas águas beatíficas de uma missa solar. Última saída.

Lá se vai o sol, vivo, no horizonte. Que o Mal nos conte todas as razões que o coração insano quer demolir. A loucura é dos alados, os presentes de grego me seduzem. Tinha a roupa de sangue, e o mar zangado. A fúria era um lençol de fogo. Os ventos roubavam as areias dos desertos, e a montanha se dissipava. Enquanto os jogos me distraíam.

Sou mais jovem que a morte. Não há mais virgens, nem leite. Tudo foi escondido. É a seca, o solo árido. Um dia sem cor. Mas, quando voltou a primavera? Lá está ... outra flor, insana flor, bela flor, o ópio.



A tumba cresce, o coração sucumbe.

Selvagem sombra dos ânimos,

Campanha de exércitos.

Um certo ritmo nos une.



Ladrões bem vestidos, todos vivos.

Como é que uma flor volta?

Que será que diz à mãe dos hinos?

Filho, à tua pátria retorna.



A realidade está nos cabelos dela,

Flor de riso deitada na areia.



O circo pegou fogo. É verdade! Os palhaços somos nós! Quem me salvou? Ó Jesus dos infernos! Um nobre de roupas rasgadas, não sou fiel aos canibais. O mundo é cruel e nojento. A pedra que atirei foi a liberdade.



Pecados infames, noites eternas.

Em minha casa, a sedução da fumaça.

Venham aos azuis, senhores vis!



Sou a arte da guerra, um chinês me doma.

Este sábio que não faz rima, só descansa.

Logo me veio o que eu pedia,

Flor sentida, me convida à simpatia.

A tenho em meus braços, e não sofro mais.



Maldição eterna? Não, só uma pesca bem sucedida. De ar e ferida. O golpe do coração me é a força! Rosa azul, rosa vermelha, violeta sorrateira. A força que me leva. É a morte? Ou será o céu? Será!

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