PEDRA FILOSOFAL

"Em vez de pensar que cada dia que passa é menos um dia na sua vida, pense que foi mais um dia vivido." (Gustavo Bastos)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

POEMA DO SANGUE FRIO


Suponha agora o teu bálsamo cor-de-corações,

E dando por terminada toda voz lívida do tempo,

Que os castiçais quebram,

A besta uiva ao campo, feroz.



Que um grilhão de dor seja a cerveja.

Direi nas tempestades:

__ O unicórnio, o olho, a boca.

Um mito revestido de toda mão escritora.

É o que vicia.



Querida carne, me dá o teu tempero.

É fritar no tempo, temperar com escritos.



Me dá um jumento e dou o caminho.

Quem será o fermento?

Olhai os quilômetros e fiques parado.

Eu dou um quinhão de beligerância.

Odiai o tempo, revolte-se comigo.



A ilha etérea é um dom de facínoras.

Quedar a luz, quebrai a luminária!



Bem, é o vil da vilania,

O ardil da ardência,

O canil dos latidos.

E bem depois, ainda, o latrocínio.

E de guerras, e de garras:

__ Homicida.

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