PEDRA FILOSOFAL

"Em vez de pensar que cada dia que passa é menos um dia na sua vida, pense que foi mais um dia vivido." (Gustavo Bastos)

domingo, 29 de novembro de 2009

SINAIS DA TERRA PERDIDA IV

IV – SOMBRA


Renascer é o trovão que ecoa entre as asas da sombra.

Quem deita no trono da sombra é o olho do sol,

Eu deito e caio em mim num redemoinho de cegueira.

Ventava dentro da alma,

Rompia-se a lucidez no ar da tortura,

A mágica divina nos ínferos do sentir.

Um mar sobe sobre as asas,

A sombra me ataca,

Eu aguardei uma rosa desmaiada.



À terra perdida dos desejos ínferos,

Aos torturadores dos anjos,

À sombra que desce,

Ao ar que falta,

Uma louca cantava para mim.



Eu descia, longe da terra perdida,

Tanto que me perdia, com o tesouro que fugia.

Eu que digo: Sou a batalha nas trevas.

Esqueço que um dia fui alma.

O olhar se perde, a alma desce, desce ...

Eu quero a minha sorte,

Os olhos querem sede, têm sede,

São os olhos das trevas,

As mortais campanhas,

Que descem, que descem ...



Eu perco a visão,

Estou cego e só vejo a sombra.

Mais nada virá,

Somente fantasmas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário