O silvo, encontro dos átrios,
no meu pasto fugidio
encontra a neve,
trabalho almejando a cicatriz
dos meus ferimentos,
ócio de batalha
com meus remendos.
O bruto lagar seca a vinha,
solo pétreo, labor infernal
de vindima,
mosto absorto
de outono.
Oh, se me tenho em pranto,
clangor ébrio de febre,
contorcendo o sadismo
sob mortes espúrias,
oh, que salvo estaria,
sob neve,
ao me lembrar saudoso
da rua sem fim,
da noite sem fim,
do passo ao largo
dos montantes que sumiam
na rara bebedice
dos poemas.
16/12/2014 Ácido
(Gustavo Bastos)
O Dilema Cubano
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