Querendo o vil metal, o plano se escrevia além,
e a conquista da jarda, do metro, do coro,
e toda a verve esmerada, em teu cancioneiro
deambulado, arisco, traçava, no caminho,
o trajeto de ascensão da inteligência.
O poema esteta toda esta chama viva,
torna estrela o enfado, o dia morto,
e brilha na tarde à rodo deste sistema,
em que o cinza das horas, em pé quebrado,
batendo as cloacas das eríneas, dos cíclopes,
dos sem eira e nem beira, não apaga
toda esta riqueza que já estava lá,
junto ao vento do crepúsculo,
na brisa, em melodia, neste tecido
sensorial de maresia e fortuna.
Pondo este canto diante da estrada,
o sol abre e a lua desce, e esta
bacanal grita, nas saturnais,
nos ditirambos da mata densa,
com os orixás batendo a estaca
e o estuque no pau a pique.
14/05/2025 Gustavo Bastos - Monster
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