A terrível mão do assassínio
nos faz sentir a canção dorida
de uma alucinação.
Mão terrível, cadavérica!
Que nos inflama o negror dos sóis
como mil infernos de abismo.
Ah! Que venha a doce esperança,
esta que não morreu de violência,
que não caiu na farsa,
que não dançou na corruta política,
esta que não desistiu de seu próprio
sorriso.
Esperança vã na senda do infortúnio,
esperança boba na comédia dos costumes,
fria luminescência dos idiotas letargos,
esperança mais indolente
que o jogo de cartas marcadas
dos milionários,
frente ao assassinato,
enfrentando a hipocrisia,
esmurrando no manicômio,
esperança de asas indecentes
e certeiras
no palco
da mentira.
02/09/2017 Gustavo Bastos
O Dilema Cubano
Há 6 dias
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