PEDRA FILOSOFAL

"Em vez de pensar que cada dia que passa é menos um dia na sua vida, pense que foi mais um dia vivido." (Gustavo Bastos)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

CORPO FECHADO


   Tens o quê? Sei não coisas tuas,
   Os teus solos pobres,
   Que eu pouco me faço nessas contas
   De soberba que carregas.

   Fé na música, fé do pó ritmado
   Em brutos, descubro olimpo
   Meu caminho que da fonte
   Carrega o muro, teus alardes
   Sonoros vácuos perdidos.
   Fazer-se de navio e certeza,
   Fazer-se no afogar,
   Acertar a vida na força
   Que te levas, de pouco a muito
   Chegar aonde quer.

         Das primeiras
   Mortes tuas entranhas
              Ardem
      Com o inferno da
             Serpente
            Procurando
           Envenenar-se
   Se eu tenho a discórdia tua
   Valendo-se do que nem sabes,
   Se tens vida perturbada
   Em sonhos de fogo, pois éramos
   Talvez o universo, depois nos
   Desfizemos no vinho.

   E que sinto da tua maldade, assassino?
   Eu era voando, eu era voando.
   Tu me buscavas, nojento.
   Se tu perdestes o senso?
   Foi o mais ridículo da criançada.
   Certo, tu se danou,
   Teu inferno ao que lhe dou
   Este inferno,
   Ao que peço que tu sofras infinitamente.

   Mas que mais peço?
                          Tu vais embora veneno!
   Serei da liberdade, serei do eterno,
   Serei da felicidade.



 

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