Verme das estepes, a rua entulhada,
toda a xepa miserere com este
urbanismo abismal.
A peste, os ídolos da noite suja,
em campanha estavam os ladrões,
toda a trupe, a chusma basbaque,
se empanturrando de birita, de carne,
de sobremesa, ao lado estes banguelas.
Os indigentes com erisipela,
com difteria, protozoários na barriga,
fumando crack, delirando de febre
na beira do trem, como no terror
do espanto e do macabro.
Começou o canto diabólico
que o estulto entoava
na alta madrugada diante
da grande fogueira, em meio
à terra arrasada, e o vagão
que passava com seu estalo
de carroça enferrujada.
30/06/2025 Monster (Gustavo Bastos)
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