A rua está doida,
uma briga de gatos
no cio, mendigos
abatendo sobras
de um açougue,
maviosas faces
da praia,
um senhor jogando
sueca com outro senhor,
bêbados em plena
tarde de terça-feira,
relógio apontando
quarenta graus,
ah, oh, eu sou um poeta
da urbe que se admira
facilmente com banalidades,
sou um documentarista
das coisas ínfimas,
dos gauches que
circulam sem eira
nem beira.
16/12/2018 Gustavo Bastos
Notas
Há 15 horas
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