Formosa a ranhura em tais corpos,
deixo o seixo e o espinho
torturá-los,
se o pão e o vinho, a noz moscada
e a mirra, o sonho arbóreo
de minhas raízes, todos os dias,
me torturam,
sei que o campo de marte
onde reinava nero
matava a cotovia,
se o lenho e o fundo musical
destes corpos, estes silêncios
e miasmas, estes cavalos xucros
na paulada,
se tudo que o universo contém,
quem terá tudo? se tudo que
a vidência se espanta de ter,
todos os sonhos são espatifados?
quem, de toga num tribunal da morte,
poderia salvar os encarnados?
encontro o caminho vizinho,
a paz perpétua sem nações.
01/02/2017 (Gustavo Bastos)
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
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