PEDRA FILOSOFAL

"Em vez de pensar que cada dia que passa é menos um dia na sua vida, pense que foi mais um dia vivido." (Gustavo Bastos)

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

ZÊNITE

Eu vejo o andor e o sol me castiga.
Lá bem longe a máscara fere o poema.
Tal é o senhor tempo
da pura magia ao tambor,
sete índios se pintam
para a guerra,
e os tambores são gritos
dentro do corpo da floresta.

São juncos terríveis
os castelos invisíveis,
são fantasmas os temores
da ayahuasca,
e é vermelha a pele
que o poema
maquina,
sob as intempéries do caos
a cal e a penumbra,
e as asas movediças da paixão
socorrem a infausta queda
da qual a poesia
se levanta,
e mais tambores tocam
com a dança do sabá
de fogueira
na noite
dos lírios
que versejam
no zênite do amor.

Flautas doces ressoam nas nuvens.
O mar está longe da funda mata,
a guerra entre as tintas de urucum
são brios atávicos
de música de totem,
e as flechas são coroas
do corpo ferido
de oceano infindo
d`alma.

14/11/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)

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