PEDRA FILOSOFAL

"Em vez de pensar que cada dia que passa é menos um dia na sua vida, pense que foi mais um dia vivido." (Gustavo Bastos)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O SERVIÇAL DO SOPRO MATUTINO


Embolora o sonho pátrio,
   Era sonho caído
   Aos pés de outono.
   Corado de vergonha misteriosa.
   Cretino ou besta ou tarado.
   Sem furor, sem batina.
   Era o vento matutino, degola.
   Das arqueadas fuligens que borram o ar.
   Deste andor mal versado.
   Como dolente ou idólatra pútrido.
   Ao seu regime estapafúrdio de horas trocadas.
   Sem susto, no vento decola.
   Ouvindo o seu segredo, o vagabundo.
   Serviçal, amo, boçal.
   Consorte da dama refrigerada.
   Ou lar de solitude ou pimenta.
   Cremado e telúrico.
   Fonte do vício espesso da coragem viandante.
   Um céu solstício pouco apreciado.
   Doceria de confeites coloridos.
   Mortos chumbos vivos.
   Quem um frio lastimou.

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