Já vai descoberta a filosofia profícua
de um ente em desalinho.
Descobre-se a sua presença
nos sentidos e na razão,
sente-se um súbito de alma em flor
que desanda em temeridade e paixão.
O fundamento do aniquilamento poético
é a delícia do conceito em sua forma concreta,
nada espectral, e patente aos olhos
do filósofo e do poeta,
uma luz que incide sobre a incerteza
do tempo e de sua cadência enigmática,
pois só se antecipam nas decifrações,
deuses imortais, pois não há segurança
nos meus olhos e nem no meu pensamento
quanto ao racional ou ao passional.
O crime fecundo do corpo
é sua escassez de expansão
pelo universo,
o corpo se esvai na estrela,
a constelação é bem maior
do que a alma humana,
que da morte se faz refém.
O mundo é cruel,
a humanidade é terrível e perigosa,
faz de si mesma prisão,
enquanto a liberdade
corre no coração dos loucos
e a infinitude zomba de nossa
limitação e decrepitude.
19/02/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
domingo, 20 de fevereiro de 2011
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