Restos da vinha, encontrei o pavilhão dos ossos,
tudo moído, a carta carimbada que falava dos
náufragos da noite, dos cantos vaidosos,
e todo estuário e lixo da beira dos portos.
Cheirava a enxofre a paisagem, um parque
industrial, proletário, e este poeta cinza
das chaminés, dos fumantes inveterados,
e que a tosse tomou de seu fardo.
As dores das colunas, a cloaca do tempo,
as andanças febris do coração fremente,
como naqueles sonhos confusos
da bebedeira, como era nos idos
da esbórnia juvenil.
30-10-2025 Gustavo Bastos (Monster)
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