Noites há em que o cancro faz bolha,
e a batalha da erisipela é necrosada.
Os poemas são noites tonitruantes,
com o vagar dos ideais suicidas.
A jovem carne e ímpeto,
a arte solar, toda a estrela
que irrompe matutina,
entra em sedição anímica,
na guerra da angústia e do
caos.
Dos orbes desenhados,
a memória vira embuste,
os fantasmas e os miasmas
corrompem a fronte,
o coração embrutece,
o choro é convulsivo,
e os braços ficam dormentes,
à espera da picada.
Naquela noite sem fim,
o gole era sequioso,
e a cauda do desespero
era longa, alucinante.
21/08/2025 Gustavo Bastos - Monster
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